sábado, abril 25, 2009

Farol de Santa Marta, SC, Dez/2007


Tirei essa foto numa viagem de Ano Novo ao Farol de Santa Marta, em Santa Catarina. Essa era a vista que eu tinha da entrada da pousada. onde eu estava hospedado. Fiz a foto num final de tarde, é claro, e alguns minutos o sol se escondeu atrás dessas nuvens e deixou um céu vermelho, lindo.

E aí aquela cena que a gente acha que só vai ver num fim de tarde no Posto 9 de Ipanema, repetiu-se no fim do dia catarinense. Todos aplaudiram o astro que se ia (mas que voltaria forte, muito forte, nos dias seguintes). Não me lembro se eu aplaudi, porque a máquina que eu carregava era pesada e desajeitada.

Era uma Minolta da década de 60 (toda vez que qualifico coisas por décadas as quais elas pertencem ou a que remetem, lembro da minha irmã mais velha dizendo que eu sou uma pessoa de décadas. Tipo que diz que essa cadeira é muito anos 80 ou que Novos Baianos - escrevo ao som de Swing de campo grande e Acabou chorare - é muito anos 70) , que foi do meu tio Fernando, que morreu na década de 90 (só estou reforçando o lance das décadas...). Meu pai me deu há uns dois anos e eu tento usá-la sempre que dá.

Toda essa enrolação pra dizer que, na verdade, todo mundo diz que foto de pôr do sol é clichê e que aplaudí-lo é coisa de hippie chato. Então, talvez até concorde, dependendo do contexto.

Mas se levarmos em conta que clichê é um esvaziamento de sentido pela repetição do uso, e que ao tirar essa foto a enchi de histórias e significações (em grande parte contadas aí acima), cai por terra que esse por do sol é mais um por do sol.

É o meu por do sol!

E quem não sabe reconhecer quão legal é parar por um por do sol desses não merece meu crédito. Por isso compartilho aqui sem achar que minha foto é mais uma foto, ou que é um retrato cafona.

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei a citação da "min ha irmã mais velha"...
bjks